embolização de mioma uterino

ÚTERO SEM MIOMAS E A SALVO

Pesquisa mostra que os métodos minimamente invasivos para tirar miomas ainda são pouco conhecidos.

A maioria das mulheres tem pouca informação sobre os métodos minimamente invasivos para tratar miomas e acaba se submetendo a cirurgias mais agressivas e, possivelmente, desnecessárias. Foi o que revelou uma enquete on-line feita pela Sociedade de Radiologia Intervencionista dos Estados Unidos. Participaram do levantamento 1.176 mulheres com mais de 18 anos de todas as partes do país. Os resultados foram divulgados em agosto de 2017.

Segundo a pesquisa, 62% das mulheres que responderam ao questionário postado na internet nunca ouviram falar da embolização de miomas. Já no grupo que foi diagnosticado com o problema, e que deveria ter maior conhecimento sobre os métodos para tratar a condição, 44% não sabiam nada a respeito das técnicas minimamente invasivas.

Para se ter ideia, 20% das mulheres entrevistadas ainda acham que a retirada cirúrgica do útero (histerectomia) é o único tratamento para os miomas. Já 11% das mulheres diagnosticadas mantinham esse pensamento. É inquietante, pois a preservação uterina é uma meta importante da terapia dos miomas.

A situação é semelhante no Brasil. Na verdade, ainda há mais desconhecimento por aqui, tanto da parte dos médicos quanto das pacientes.

Por que as mulheres deveriam conhecer os métodos disponíveis e, em especial, as técnicas mais recentes? Por vários motivos. A embolização dos miomas uterinos é um exemplo de terapia guiada por imagem que melhorou o padrão de cuidados e a qualidade de vida de muitas mulheres, permitindo uma abordagem minimamente invasiva. Além de serem menos dolorosas, oferecem um período de recuperação mais curto do que as opções cirúrgicas.

A embolização dos miomas é realizada com a inserção de um cateter pela artéria femoral que será guiado por imagens até os vasos sanguíneos ligados ao tumor. Ali serão despejadas partículas muito pequenas, aproximadamente do tamanho de grãos de areia, para bloquear as artérias, interrompendo a nutrição das células do mioma. Consequentemente, o tecido encolhe e morre. Após o procedimento, as mulheres podem retomar suas atividades normais em cerca de sete dias e voltar ao radiologista intervencionista e ao ginecologista algumas semanas depois.

A partir das respostas dadas a mais uma questão, a Sociedade de Radiologia Intervencionista dos Estados Unidos obteve pistas sobre situações que perpetuam a desinformação. Entre as mulheres que conheciam a embolização de miomas, 32% souberam da técnica por amigos e familiares, 9% por sua própria pesquisa e 38% daquelas com idade entre 18 e 34 anos descobriram o método por meio de publicidade.

Diante do fato de que a maioria considera a conversa com o médico o elemento de maior peso na hora de escolher um tratamento, esses dados ganham expressão ainda mais preocupante. Na opinião dos especialistas que analisaram os dados do estudo, os especialistas precisam garantir que as mulheres tenham acesso a todas as opções de tratamento para que possam tomar a decisão certa.

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