Tomar remédio sem prescrição médica, a famosa automedicação, infelizmente, é uma prática comum em nossa sociedade, ocasionada pela facilidade de acesso a medicamentos e informações de internet.
No entanto, essa decisão aparentemente simples pode acarretar sérias consequências para a saúde. Na leitura de hoje, você vai entender de forma objetiva os perigos associados à automedicação e por que na maioria das vezes essa prática é mais danosa do que benéfica.
Ao longo deste artigo, exploraremos os principais riscos envolvidos na automedicação e os efeitos colaterais que podem surgir, além de destacar a importância crucial de buscar orientação médica adequada antes de tomar qualquer medicamento.
Quais os principais perigos de tomar remédio sem prescrição médica?
A automedicação pode levar a graves problemas de saúde. Abaixo, listamos os principais, tais como:
● Agravamento de doenças:
O uso incorreto de medicamentos pode mascarar sintomas e atrasar o diagnóstico de condições mais sérias, permitindo a progressão de doenças sem tratamento adequado.
● Reações adversas:
Cada pessoa é única. Desta forma, um medicamento que seja seguro para uma pessoa pode ser prejudicial para outra, causando reações alérgicas ou efeitos colaterais indesejados.
● Interações medicamentosas:
Alguns remédios podem interagir negativamente com outros que a pessoa já esteja tomando, resultando em complicações e reduzindo a eficácia do tratamento.
● Resistência antimicrobiana:
O uso indiscriminado de antibióticos pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana, tornando as infecções mais difíceis de tratar no futuro.
Existem remédios considerados seguros para tomar sem prescrição médica?
Sim. Existem medicamentos de venda livre, chamados de medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Eles são considerados seguros quando utilizados de acordo com as instruções da embalagem e para o fim a que se destinam.
Geralmente, esses medicamentos são indicados para o alívio de sintomas leves e temporários. No entanto, é importante seguir as recomendações e não utilizá-los por um período prolongado sem aconselhamento médico, conforme informações da Resolução-RDC nº 98/2016:
- São indicados para o tratamento de doenças não graves e com evolução lenta ou inexistente;
- O MIP deve possuir reações adversas com casualidades conhecidas, baixo potencial de toxicidade e de interações medicamentosas;
- Deve ser utilizado por um curto período ou pelo tempo previsto em bula no caso de medicamentos de uso preventivo;
- Precisa ser de fácil manejo pelo paciente, cuidador ou mediante orientação pelo farmacêutico;
- Deve apresentar baixo potencial de risco ao paciente;
- Não deve possuir potencial de gerar dependência química ou psíquica.
Quais são os efeitos colaterais potenciais da automedicação?
Os efeitos colaterais de tomar remédio sem prescrição variam de acordo com o tipo da medicação, da dose e da resposta individual de cada paciente. Alguns dos principais apresentados incluem náuseas, sonolência, tonturas e irritação gástrica.
No entanto, é importante ressaltar que certos medicamentos podem ter efeitos colaterais mais graves, especialmente quando usados indevidamente ou em combinação com outros medicamentos.
O que fazer ao ter reação negativa após tomar um remédio sem prescrição inadequado?
Se você tiver alguma reação negativa após tomar um remédio sem prescrição, suspenda-o imediatamente e procure atendimento para avaliar a gravidade da situação e obter orientação adequada.
Nesse cenário é fundamental informar ao médico o medicamento ingerido, a dose e o horário da ingestão. Afinal, essas informações são essenciais para um diagnóstico preciso e o tratamento adequado da reação adversa.
Em conclusão, tomar remédio sem prescrição pode causar sérios riscos à saúde. Por isso, sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento para garantir a segurança e eficácia.
