Em vez de cortes profundos e longo período de recuperação, como nas cirurgias comuns, a radioablação proporciona ao paciente um tipo de tratamento menos invasivo e bastante eficaz.
Por isso, já é realizada em diversos hospitais e ganha cada vez mais notoriedade no tratamento de nódulos tireoidianos, que apesar de serem, em sua maioria, benignos, podem trazer prejuízos à saúde.
Reunimos neste artigo dicas e informações sobre a radioablação. Aproveite para tirar todas as dúvidas.
Como é feita a radioablação de nódulos benignos na tireoide?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), quase 60% da população brasileira, que representa cerca de 52 milhões de pessoas, pode desenvolver nódulos na tireoide, na faixa dos 50 anos.
Em meio a isso, a radioablação, por sua eficácia comprovada, é uma técnica com alta probabilidade de ser incluída no rol da ANS e, logo, coberta pelos planos de saúde. Assim, mais pessoas terão acesso ao simples procedimento, que funciona da seguinte forma:
O paciente recebe uma anestesia local e/ou sedação leve. A partir disso, todo procedimento é guiado por ultrassom, utilizando uma agulha conectada a um aparelho que emite radiofrequência diretamente no nódulo até que ele seja queimado.
Todo o procedimento dura em torno de 45 a 50 minutos e requer observação por curto período de tempo, por cerca de três horas. Ao retornar para casa, na maioria dos casos, o paciente é liberado para suas atividades de rotina em menos de sete dias.
Quando é indicada para tratamento de nódulos benignos na tireoide?
Esse tipo de tratamento é indicado principalmente em pacientes que possuem alterações compressivas em nódulos benignos. Ou seja, os que apresentam sintomas como dificuldade de deglutição ou até de respiração devido ao tamanho do nódulo.
Além disso, para quadros clínicos em que o nódulo acarreta em tosse excessiva, alargamento do pescoço ou, ainda, quando há deformidades estéticas.
Dessa forma, diferente da quimioterapia, que pode causar diversas reações no paciente, como a queda de cabelos, náuseas e vômitos, a radioablação não tem a necessidade cortes no pescoço e o seu resultado é facilmente visto já nos primeiros meses após a sessão.
Além disso, ela é um tipo de tratamento que permite tratar o nódulo sem retirar tecido tireoidiano.
Na prática, isso impede que o paciente tenha hipotireoidismo, pois preserva as células hormonais. Diferentemente dos métodos em que a glândula é parcialmente ou totalmente retirada, como a lobectomia e a tireoidectomia.
Existem riscos ao fazer a radioablação de nódulos benignos na tireoide?
Quando realizado por profissionais especializados, já é comprovado que os riscos da radioablação de tireoide são quase inexistentes.
O que pode acontecer durante os três primeiros dias é um certo desconforto na região e poucas manchas roxas na região do pescoço, porém, como não se trata de uma técnica invasiva, o retorno às atividades normais é surpreendentemente rápido.
Para mais informações sobre o assunto, consulte os profissionais da CRIEP.