É bem comum encontrar esse tipo de questionamento em clínicas quando mulheres recebem o diagnóstico de mioma. Mas será que realmente é possível? Isso vai variar de mulher para mulher? Existe algum tipo de tratamento específico?
Esses e outros questionamentos vamos responder nos próximos tópicos deste artigo. Aproveite a leitura!
O que é um mioma?
O mioma uterino, ou fibroma e leiomioma uterino, é um tipo de tumor benigno formado no tecido muscular do útero. Assim como sua localização, seu tamanho também pode variar.
Eles são considerados relativamente comuns e silenciosos, pois não costumam provocar sintomas na maioria das mulheres.
Embora representem algum risco para a fertilidade, este fator depende de vários outros, como tipo e sua localização. Ao contrário do que muitos pensam, não existe apenas um tipo deles, geralmente são classificados em três, que possuem particularidades quanto à infertilidade:
- Mioma intramural
Tipo de mioma que está fixado na parede do útero. Esse é o mais comum entre as mulheres, representando cerca de 75% dos casos diagnosticados. Porém, não é necessário entrar em pânico ao receber o diagnóstico dele, pois ele não representa um sinal de infertilidade.
Apenas em alguns casos específicos em que ele aparece mais volumoso é que há indícios de complicações, como o desenvolvimento do bebê.
- Mioma submucoso
Tem a característica de ocupar a cavidade interna do útero, o endométrio, local em que o feto se desenvolve. Nesse caso, é possível analisar o risco de infertilidade. Porém, vale frisar que esse tipo de mioma é bastante raro, ocupando uma faixa de 5% dos diagnósticos.
- Mioma subseroso
Os subserosos caracterizam-se por crescerem para fora do útero e não costumam interferir na fertilidade da mulher, ou seja, não representam perigo, exceto algumas raras exceções.
Principais causa dos miomas
Não existe uma única razão que define as causas dos miomas, porém a medicina já aponta alguns frequentes fatores de risco que acometem muitas mulheres, entre eles: hipertensão, obesidade, histórico familiar de miomas, alimentação rica em carnes vermelhas e pobres em vegetais e em mulheres que fazem terapia de reposição hormonal.
Além disso, a doença também é mais comum em mulheres que tiveram a primeira menstruação bastante jovens ou nas que engravidaram mais tardiamente.
Também é possível que essa proliferação desordenada esteja relacionada às alterações hormonais da mulher, isso porque os sintomas que aparecem geralmente são em mulheres em idade reprodutiva e tendem a regredir após a menopausa.
Conheça os tratamentos
Existem diferentes opções de tratamentos de acordo com tamanho, sintomas e localização dos miomas. São eles:
1. Uso de remédios:
Esse tipo de tratamento utiliza de remédios anti-inflamatórios e hormonais com o intuito de diminuir os sintomas ou impedir o crescimento desses nódulos e costuma ser feito em curtos períodos de tempo.
2. Por cirurgia:
O processo cirúrgico pode ser feito de duas formas: através da miomectomia, que retira apenas o mioma, ou por histerectomia, indicada para situações mais complexas, na qual é preciso remover totalmente o útero.
3. Por Embolização:
Consiste em interromper a fonte de nutrição do mioma por meio da embolização da artéria uterina. Esse tratamento é bastante eficaz porque preserva o útero além do tempo de internação hospitalar e recuperação mais curtos que os tratamentos cirúrgicos habituais e com a vantagem da não necessidade de cortes ou da retirada do útero. Também não tem restrições quanto ao número e tamanho dos miomas a serem tratados
A embolização é indicada para pacientes que desejam engravidar em futuras possibilidades e estão contra indicadas a miomectomia.
Com isso, não precisa entrar em pânico quando o diagnóstico for mioma. Basta procurar assistência médica e identificar o melhor tipo de tratamento, sem complicações.
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