Quem convive ou já sofreu com problemas nas hemorroidas sabe: lidar com isso é desafiador. Apesar de ser um tema frequentemente encarado com constrangimento, quebrar o tabu é essencial.
Afinal, além de causar desconforto, este problema, caracterizado por veias dilatadas na região anal e retal, demanda atenção cuidadosa e o primeiro passo para garantir isso, é saber como agir diante dos sintomas.
Neste texto, exploraremos a importância de reconhecer os sinais de alerta, entender os tratamentos disponíveis e, sobretudo, promover uma conversa aberta sobre a saúde, desmistificando a abordagem das hemorroidas. Boa leitura!
Como identificar os sinais das hemorroidas?
Identificar os sinais e graus da doença hemorroidária é importante para iniciar o tratamento adequado e garantir o bem-estar. Você sabe como fazer isso? Aqui estão alguns sinais comuns para acender o sinal de alerta:
O sangramento retal é um sintoma comum, que geralmente ocorre durante ou após a evacuação, deixando vestígios no papel higiênico, na água do vaso sanitário ou até mesmo nas fezes. A coloração do sangue pode variar, mas geralmente segue um padrão cor vermelho vivo.
Dessa forma, é importante ressaltar que, embora o sangramento seja um sinal frequente, outros problemas de saúde podem apresentar esse sintoma, o que torna fundamental a avaliação de um profissional de saúde para o diagnóstico preciso.
A coceira na região anal muitas vezes resulta da inflamação das veias na área afetada. Dessa forma, ela pode ser persistente e resultar em um desconforto geral para quem enfrenta esse problema de saúde.
Além disso, a coceira pode levar a arranhões, agravando ainda mais a situação.
Dor durante ou após a evacuação:
A dor durante ou após a evacuação é outro sinal comum, especialmente quando as veias dilatadas se inflamam.
Essa dor pode variar de leve a aguda e é frequentemente descrita como uma sensação de queimação ou desconforto. Em casos mais avançados, o quadro pode evoluir e formar pequenos coágulos sanguíneos, intensificando a dor.
O inchaço ao redor do ânus ou protuberâncias sensíveis ao toque pode indicar hemorroidas externas.
Esse inchaço pode ser visível ou palpável e geralmente causa dor e sensibilidade. Nesse sentido, é importante diferenciar as externas das internas, pois o tratamento e a abordagem podem variar.
Uma sensação de peso ou desconforto constante na região anal, mesmo fora dos momentos de evacuação, também pode sugerir a presença da doença.
E como esse desconforto persistente pode impactar negativamente a qualidade de vida do indivíduo, é indispensável buscar orientação médica para avaliação e tratamento adequado, que pode variar desde medidas simples de autocuidado até intervenções médicas mais avançadas, dependendo da gravidade do caso.
Existem causas específicas para o surgimento das hemorroidas?
O surgimento da doença hemorroidária não está ligado apenas a uma causa específica. Fatores como pressão na região anal devido a constipação, esforço durante evacuações e gravidez, predisposição genética, envelhecimento, dieta pobre em fibras e estilo de vida sedentário, por exemplo, também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.
No entanto, mesmo que esses fatores sejam comuns, é importante ressaltar que nem todas as pessoas que os possuem desenvolvem a doença hemorroidária.
Assim, para ajudar na prevenção, é indispensável manter um estilo de vida saudável, com uma dieta rica em fibras, prática de exercícios e bastante ingestão de água.
Possíveis tratamentos
Existem diversas abordagens para tratar a doença hemorroidária. A escolha do tratamento depende das características individuais de cada pacientes:
- Hemorroidectomia:
Procedimento cirúrgico que envolve a remoção das veias afetadas, geralmente considerado em casos mais graves.
Aplicação tópica de produtos contendo substâncias para aliviar os sintomas.
Técnica que consiste em estrangular a veia afetada usando uma banda elástica, promovendo a redução do tamanho da hemorroida.
Procedimento minimamente invasivo realizado, na maioria dos casos, sem a necessidade de internação hospitalar.
Durante a embolização, o paciente é submetido a uma anestesia local para que um cateter seja guiado por equipamentos de imagem até as veias e artérias hemorroidárias para causar a obstrução intencional (embolização).
Este método está sendo cada vez mais usado por ser seguro e simples, dispensando a necessidade de internação.
Fique atento: antes de escolher qualquer procedimento, é indispensável consultar um médico para avaliar qual abordagem é mais apropriada para as hemorroidas. Afinal, o autodiagnóstico e a automedicação não são adequados, especialmente quando há dúvidas sobre a gravidade dos sintomas ou a presença de condições médicas subjacentes.
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