mioma uterino

ADEUS AOS MIOMAS

Você sabia que os miomas podem causar dores e alterações menstruais?
Saiba em quais situações devem ser removidos

Miomas são tumores benignos situados no útero. De modo geral, costumam ser encontrados durante o exame ginecológico de rotina. A suspeita surge quando o especialista toca o útero e percebe que o órgão está aumentado ou irregular. Os miomas também podem ser revelados nos exames de ultrassonografia.

Bastante frequentes, os miomas atingem, em média, cinco a sete entre dez mulheres em idade fértil. É bastante gente. O maior número de casos se concentra na faixa etária entre 30 e 50 anos. A incidência cai quando as mulheres entram na menopausa. Nessa fase, miomas já existentes diminuem de tamanho e deixam de causar sintomas.

Em geral, após o impacto da descoberta do mioma, as mulheres querem saber se poderão conviver com o mioma ou devem removê-lo. A boa notícia é que, a rigor, nos dias atuais, poucos miomas precisam realmente ser retirados. Isso só ocorre quando provocam sintomas intensos, são muito grandes ou comprimem outros órgãos, como a bexiga e o intestino. Miomas pequenos ou assintomáticos podem ser apenas monitorados pelo médico ou controlados com um verdadeiro arsenal de medicamentos.

Sobre tirar o mioma, a primeira pergunta a ser respondida é quanto ele incomoda. Estudos mostram que até 50% das mulheres podem sofrer com o aumento do fluxo menstrual (que pode ficar muito volumoso), dor pélvica ou inchaço abdominal. Além disso, podem enfrentar escapes entre uma menstruação e outra, dor ou pressão na parte inferior da barriga, sensação de aperto e dificuldade para esvaziar a bexiga e ter maior assiduidade urinária. A intensidade desses sintomas varia a cada mulher.

Quanto à localização, os miomas aparecem na musculatura uterina, mais externamente ao órgão ou em contato com o endométrio (a camada que reveste o útero). Se estiverem colados ao endométrio, por exemplo, podem favorecer situações como os abortamentos de repetição (gestação espontaneamente interrompida, mais de uma vez, ainda nos primeiros meses). Claro que essa relação não é obrigatória e inúmeras gestações transcorrem com tranquilidade apesar dos miomas.

Se a mulher e seus médicos optarem pela retirada do mioma (a chamada miomectomia), o próximo passo é a escolha do método. O mais comum é a histeroscopia. Também chamada de vídeo-histeroscopia, é um procedimento ginecológico para investigar alterações no interior do útero que pode também ser feito para remover os achados de forma minimamente invasiva. A intervenção é realizada com a inserção, na vagina, de um instrumento fino (um endoscópio acoplado a uma câmera de vídeo) levado até o útero para fracionar o mioma.

A laparoscopia é outro recurso. Neste caso, a cirurgia é feita por meio de pequenos furos na região abdominal e indicada quando o mioma está na área mais externa do útero. E há ainda a cirurgia aberta, com um corte na região da pelve.

A tendência mundial é optar por recursos cada vez menos invasivos. A técnica mais inovadora nesse campo é a embolização das artérias uterinas. Considerada um procedimento alternativo às cirurgias, ela é feita com a introdução de um cateter na artéria femoral, da mesma forma que ocorre no cateterismo.

O objetivo é alcançar as artérias que nutrem o crescimento do mioma para bloqueá-las com minúsculas partículas de plástico ou gelatina acrílica.

A embolização é segura e oferece risco ainda menor de complicações do que os métodos cirúrgicos. Uma delas seria a hemorragia pós-procedimento. Outra complicação rara, e específica da embolização, é a possibilidade de redução ou interrupção do fornecimento de sangue aos ovários, o que pode prejudicar a fertilidade. Ocorre porque os ovários e o útero compartilham alguns vasos sanguíneos. De todo modo, não é uma sentença. Muitas mulheres tiveram gestações bem-sucedidas após a embolização da artéria uterina.

Por tudo isso, é importante discutir os benefícios e riscos das diversas técnicas com o especialista em obstetrícia e ginecologia de sua confiança e com o radiologista intervencionista, o médico que usa técnicas de imagem para orientar os procedimentos com embolização.

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