A radioembolização é uma técnica avançada e minimamente invasiva que tem se mostrado cada vez mais eficaz para o tratamento de certos tipos de tumores hepáticos.
Ela consiste na combinação da embolização com a radioterapia por meio da injeção de microesferas contendo um isótopo radioativo (ítrio-90 ou Y-90) diretamente na artéria hepática.
Confira, abaixo, 5 perguntas e respostas sobre essa técnica e entenda mais.
1. Como funciona a radioembolização?
A radioembolização é realizada com a injeção de microesferas de isótopo radioativo na artéria hepática, por meio de um cateter em um procedimento minimamente invasivo. Essas microesferas se alojam nos vasos sanguíneos próximos ao tumor e emitem doses de radiação localmente.
Seu principal benefício é o fato da radiação percorrer uma distância muito curta e agir apenas localmente, o que causa menos danos às células saudáveis do fígado.
Vale ressaltar que esse procedimento é realizado por um radiologista intervencionista experiente em um ambiente hospitalar adequado.
2. Em que momentos é indicada?
A radioembolização é um procedimento indicado especialmente para o tratamento de tumores hepáticos primários ou metastáticos. Por exemplo, um câncer que começou no fígado ou de um que se espalhou para o fígado a partir de outro órgão.
Essa é uma opção terapêutica indicada para pacientes com tumores hepáticos avançados, não candidatos à cirurgia ou a outros tratamentos convencionais, como quimioterapia ou radioterapia externa.
Além disso, a radioembolização pode ser usada em combinação com outros tratamentos, sempre com o objetivo de aumentar a eficácia do procedimento e prolongar a sobrevida do paciente.
3. A radioembolização é um procedimento seguro?
Sim, a radioembolização é considerada um procedimento bastante seguro e eficaz.
Como em qualquer procedimento médico, oferece riscos potenciais, porém controlados. Por isso ela deve apenas ser realizada por um médico experiente e em um ambiente hospitalar adequado.
Dessa forma, antes de realizar a radioembolização, é fundamental que o paciente discuta todos os riscos e benefícios do procedimento com seu médico.
4. Quais são os principais efeitos colaterais mais comuns?
Os efeitos colaterais mais comuns da radioembolização incluem fadiga, náusea, vômito e dor abdominal, mas no geral eles são bastante gerenciáveis.
Outros efeitos colaterais menos comuns são as úlceras estomacais e intestinais, além de problemas de coagulação sanguínea, danos ao tecido hepático saudável e, muito raramente, insuficiência hepática.
Porém, é importante lembrar que cada paciente pode reagir de uma maneira diferente ao tratamento. Por isso, é essencial discutir quaisquer preocupações ou efeitos colaterais com o médico responsável pelo tratamento, que geralmente avalia a necessidade de ajustes na dosagem ou na forma de administração das microesferas.
5. Qual a taxa de sucesso da radioembolização?
A taxa de sucesso da radioembolização varia de acordo com diferentes fatores, que incluem o tamanho, a localização e tipo de tumor, assim como a saúde geral do paciente.
No entanto, estudos clínicos já demonstram que se trata de uma opção de tratamento bastante eficaz e com poucos efeitos colaterais significativos. Dessa forma, torna-se uma alternativa muito viável para pacientes com tumores hepáticos.
Para saber mais sobre a radioembolização, procure os profissionais da CRIEP.