radioatividade no corpo humano

Como a radioatividade funciona em nosso corpo?

A radioatividade é um fenômeno natural que tem sido amplamente estudado e utilizado em diversas áreas, inclusive na medicina.

No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre como ela realmente funciona em nosso corpo. Para te ajudar a entender mais sobre esse assunto, vamos abordar os tratamentos oncológicos que usam substâncias radioativas para ajudar no combate aos tumores e como elas atuam na estrutura corporal. Boa leitura!

Mas o que é a radioatividade?

É o processo pelo qual alguns átomos instáveis, também conhecidos como radioisótopos, passam por decaimento radioativo, o que provoca liberação de energia na forma de partículas subatômicas e radiação eletromagnética.

Basicamente, isso ocorre quando o núcleo do átomo é instável e busca um estado mais estável por meio da liberação de energia. Assim, existem três tipos principais de radiação emitida durante a radioatividade: alfa, beta e gama.

Quando passou a ser usada na medicina?

Ela começa a ser usada na medicina no final do século XIX, logo após a descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Röentgen. Porém, seu uso só foi ampliado com as pesquisas de Marie Curie durante a Primeira Guerra Mundial.

De início, como os efeitos adversos da radiação à saúde não eram plenamente compreendidos, o uso indiscriminado de materiais radioativos levou ao surgimento de diversos danos, como queimaduras na pele e perda de cabelo.

Mas, ao longo do tempo, o conhecimento sobre os riscos foi avançando e, assim, passaram a ser estabelecidos protocolos que minimizem os impactos da radiação no corpo humano.

Hoje, a radiologia desempenha um papel fundamental na área da saúde, proporcionando resultados precisos nos procedimentos diagnósticos e garantindo a eficácia em tratamentos. Além disso, essa especialidade busca, cada vez mais, reduzir a exposição dos profissionais e pacientes à radioatividade.

Tratamentos oncológicos que usam substâncias radioativas

Atualmente, existem diferentes tratamentos oncológicos que utilizam substâncias radioativas para ajudar a combater o câncer, a escolha de cada um deles depende da localização do tumor.

  • Radioterapia externa

Também bastante conhecida como radioterapia de feixe externo, é um dos tratamentos mais comuns para o câncer.

Nesse tipo, uma máquina de radiação emite feixes de radiação de alta energia que são direcionados ao tumor a partir de fora do corpo. Com isso, a radiação danifica o DNA das células cancerígenas, impedindo seu crescimento e divisão.

Esse tipo de radiação é administrada em sessões diárias durante várias semanas.

  • Braquiterapia

Alguns dispositivos, como cateteres e aplicadores, podem ser utilizados durante esse tratamento, dependendo do tipo de tumor do paciente. Além disso, em alguns casos pode ser exigido sedação para garantir o conforto do paciente durante a colocação dos aplicadores.

Na braquiterapia, a fonte de radiação é emitida por um aparelho e percorre os cateteres conectados aos aplicadores, irradiando a área próxima a ser tratada. Em seguida, a fonte retorna ao aparelho, seguindo o mesmo caminho.

Efeitos desses tratamentos no corpo

Na prática, os efeitos da radioterapia variam de acordo com um conjunto de fatores, como as doses do tratamento, do tipo de radiação utilizada, do equipamento empregado, entre outros.

Além disso, o surgimento e o desaparecimento desses efeitos também não seguem um único padrão, podendo persistir em alguns pacientes mais que outros. Confira alguns dos efeitos colaterais mais comuns:

  • Fadiga: O paciente deve reduzir as atividades e descansar durante os momentos livres. Em alguns casos, o recomendado é se afastar do trabalho ou diminuir o número de horas trabalhadas durante o período de tratamento;
  • Perda de apetite e dificuldade para se alimentar: O recomendado é  fazer refeições em porções menores e com maior frequência. Além disso, é importante priorizar alimentos leves e variados para estimular o apetite;
  • Reações cutâneas: A pele que recebe radiação pode apresentar coceira, vermelhidão, irritação, ficando com um aspecto seco e descamativo. Por isso, é importante informar ao médico qualquer sintoma durante as consultas.

Radioembolização: uma técnica segura e eficaz

A radioembolização é uma técnica avançada e de baixa invasividade que tem se revelado cada vez mais eficaz no tratamento de determinados tipos de tumores no fígado.

Essa abordagem combina a embolização, que bloqueia o fornecimento sanguíneo para o tumor, com a radioterapia, utilizando microesferas que contêm um isótopo radioativo, como o ítrio-90 ou Y-90, que são injetadas diretamente na artéria hepática.

Em relação aos efeitos colaterais, os mais comuns da radioembolização incluem fadiga, náuseas, vômitos e dor abdominal. No entanto, é importante ressaltar que esses efeitos são geralmente gerenciáveis e podem ser tratados com medicamentos adequados e cuidados de suporte.

Gostou de saber como a radioatividade funciona em nosso corpo? Para saber mais informações sobre esse assunto continue navegando no nosso blog e procure os profissionais da CRIEP.

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