Engasgo frequente e dificuldade para engolir são sintomas que causam desconforto e preocupação em quem os experimenta. Embora muitas vezes esses problemas sejam atribuídos a condições como refluxo ou problemas respiratórios, é importante considerar uma causa menos conhecida, porém igualmente relevante: o nódulo na tireoide
Neste artigo, abordaremos a relação entre engasgos, dificuldades na deglutição e os nódulos tireoidianos, destacando seus sintomas associados e a importância de buscar uma avaliação médica adequada. Continue a leitura para saber mais.
Como se forma um nódulo na tireoide?
A formação de um nódulo na glândula tireoide pode ocorrer de diferentes maneiras, incluindo alterações na arquitetura da glândula, armazenamento de hormônios e produção deles, assim como neoplasias, que podem ser tumores malignos ou benignos.
Embora não se saiba exatamente por que esses nódulos surgem, estudos mostram que a exposição à radiação na região da tireoide durante a infância, como na base do pescoço, geralmente está associada a um maior risco de câncer de tireoide.
No entanto, quando falamos de nódulos não tumorais, ainda não se conhece um fator específico que explique sua formação.
Por isso, é indispensável buscar avaliação médica adequada caso haja a identificação de um nódulo, pois o médico realizará exames e testes para determinar a sua natureza, descartar possíveis condições malignas e definir o melhor tratamento, caso seja necessário.
Quando o engasgo frequente e a dificuldade para engolir podem ser associados à formação de nódulos?
Quando o crescimento de um nódulo na tireoide afeta a área ao redor da glândula, ocorre a compressão das estruturas próximas, como a traqueia, o esôfago e os nervos responsáveis pelo controle da deglutição. Como resultado, é comum que a pessoa apresente engasgos frequentes e dificuldade para engolir.
No entanto, é importante ressaltar que esses sintomas não são exclusivos de nódulo na tireoide e podem ter outras causas. Outras condições, como o refluxo gastroesofágico, espasmos musculares no esôfago ou obstrução em outras partes do trato respiratório, também podem resultar em dificuldades na deglutição e engasgos.
Tratamentos adequados
O tratamento adequado para um nódulo tiroidiano depende de vários fatores, incluindo o tamanho do nódulo, se é benigno ou maligno e se está causando sintomas ou complicações. Algumas das opções de tratamento comuns para nódulos tireoidianos:
- Observação ativa: caso o nódulo seja pequeno, benigno e não cause sintomas, o médico pode optar por monitorá-lo ao longo do tempo por meio de exames de imagem regulares;
- Medicamentos: podem ser prescrevidos medicamentos para regular os níveis de hormônio tireoidiano e diminuem o tamanho do nódulo;
- Cirurgia: quando o nódulo é suspeito de ser cancerígeno, além de grande o suficiente para causar sintomas significativos, pode ser necessária a remoção cirúrgica parcial ou total da tireoide;
- Terapia com iodo radioativo: em casos de nódulos tireoidianos, que são diagnosticados como câncer de tireoide, após a cirurgia, a terapia com iodo radioativo pode ser utilizada para destruir células remanescentes;
- Ablação: visa reduzir o tamanho do nódulo sem interferir na função da tireoide. É um procedimento rápido e seguro, realizado ambulatorialmente, geralmente sob anestesia local.
Em meio a isso, é importante ressaltar que, na maioria dos casos, o nódulo na tireoide costuma ser benigno e não representa um risco significativo à saúde. Mas a avaliação médica é indispensável para determinar a natureza do nódulo e descartar a possibilidade de câncer.