Provavelmente você já deve ter conhecido ou até convivido com alguma mulher diagnosticada com um ou mais mioma uterino. Identificado em cerca de 50% das mulheres, segundo o Summit Saúde Brasil 2022, esses tumores uterinos são benignos.
Eles acometem mulheres principalmente na fase reprodutiva da vida e sua causa não é muito bem estabelecida, porém, muitas vezes ela está ligada à multiplicação desordenada das células do tecido muscular causadas por alterações hormonais.
Por isso, o acompanhamento médico é indispensável.
Neste artigo vamos entender um pouco mais sobre o mioma uterino e seus principais sintomas. Continue a leitura.
Entendendo os tipos de mioma uterino
O mioma uterino, também conhecido como fibroide, leiomioma ou fibromioma, é um tipo de tumor benigno causado pelo crescimento em excesso das células do miométrio (referente à parede do útero).
Quando ocorre esse aumento fora dos padrões normais, são formados nódulos ao redor ou internamente na parede uterina, que resultam na aparição do mioma.
Trata-se de uma doença comum e benigna, que não aumenta as probabilidades da paciente desenvolver um câncer no útero no futuro.
Além disso, não existe apenas um tipo deles, os miomas podem ser classificados de diferentes formas, de acordo com o local em que são desenvolvidos no útero.
Alguns dos principais são:
- Subserosos: Costumeiramente desenvolvem-se abaixo da serosa, camada responsável por revestir a parte mais externa do útero. Seu crescimento acontece na parte externa do útero;
- Intramurais: Surgem internamente nas paredes do útero e são considerados menos comuns;
- Submucosos: Desenvolvem-se na cavidade uterina e são localizados em uma camada interna do útero;
- Pediculados: Trata-se de um tipo de evolução dos nódulos subserosos que tiveram crescimento próximo à serosa uterina. Eles ficam suspensos por um pedículo e desenvolvem-se tanto dentro, quanto pra fora da cavidade do útero.
Principais sintomas e tratamentos do mioma uterino
Em grande parte, o mioma uterino apresenta diferentes sintomas ou sinais, como cólicas abdominais e sangramento além do comum em período menstrual.
Outros sintomas que podem ser sentidos são dor lombar ou abdominal, dificuldade para engravidar, dor pélvica e sensação de pressão na bexiga, que alteram significativamente a qualidade de vida ou capacidade laboral.
Porém, em muitos casos, é comum que o mioma uterino não seja identificado por meio de sintomas, mas apenas por exames ginecológicos de rotina, como ultrassonografia, colposcopia, histeroscopia, etc.
Por se tratar de um tipo de tumor benigno, o mioma não traz grandes riscos à saúde da mulher. Porém, é necessário o acompanhamento regular junto ao seu médico para prevenir possíveis sintomas agudos.
Com isso, identificar o tipo de mioma é fundamental para que a eliminação do tumor seja realizada de forma eficaz e ágil.
E quando falamos em procedimentos, várias são as opções. A escolha dele vai variar de acordo com a realidade clínica de cada paciente. Confira algumas abaixo:
Por medicamentos
Comum, esse tipo de tratamento utiliza de remédios anti-inflamatórios e hormonais. O intuito disso é diminuir os sintomas ou impedir o crescimento desses nódulos. Esse método via fármacos costuma ser feito em períodos de tempo que não podem exceder seis meses.
Com cirurgia
Essa forma costuma ser indicada para pacientes com sintomas graves ou que possuem riscos de saúde e fertilidade. Nesse processo cirúrgico podem ser usadas duas técnicas diferentes: através da miomectomia, que retira apenas o mioma, ou por histerectomia, indicada para situações mais complexas, na qual é preciso remover parcialmente ou totalmente o útero.
Técnica bastante recomendada para tratar miomas benignos, consiste em interromper a fonte de nutrição do mioma por meio da embolização da artéria uterina. Esse tratamento é bastante eficaz porque permite interromper o fluxo sanguíneo que gera o crescimento do fibroma.
A embolização é indicada para pacientes que desejam engravidar em futuras possibilidades e estão contra indicadas a miomectomia.
Diante disso, fica evidente que quanto mais cedo o mioma uterino for identificado, maiores são as chances de um tratamento assertivo e sem complicações.
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