Como sabido, a embolização é um procedimento médico minimamente invasivo que envolve a injeção de microesferas em uma artéria para bloquear ou reduzir o fluxo sanguíneo para uma área específica do corpo.
Esse procedimento pode ser usado para tratar uma variedade de condições, incluindo tumores, malformações vasculares e sangramentos.
Você sabia que as microesferas utilizadas na embolização são feitas de diferentes materiais e variam dependendo da finalidade do procedimento?
Neste artigo, vamos explorar as principais opções de microesferas utilizadas na embolização e quais suas indicações.
O que são microesferas da embolização?
As microesferas da embolização são partículas muito pequenas, com um diâmetro de cerca de 20 a 900 micrômetros. Elas são utilizadas para bloquear todo o fluxo sanguíneo em um vaso ou artéria específica.
Além disso, são feitas de diferentes materiais, como acrílico, gelatina, vidro, plástico ou resinas sintéticas. Confira, abaixo, alguns dos tipos existentes.
Tipos de microesferas para embolização
- Microesferas de PVA (álcool polivinílico)
O PVA (álcool polivinílico) é comumente usado na embolização.
As microesferas desse tipo são feitas de um polímero sintético solúvel em água que se expande quando entra em contato com líquidos corporais.
Isso permite que elas sejam moldadas e injetadas nas artérias que alimentam o tumor ou outra área que precisa ser tratada.
Além disso, elas têm uma ampla variedade de tamanhos, o que significa que podem ser usadas em diferentes partes do corpo e são particularmente úteis em áreas onde o fluxo sanguíneo é variável, uma vez que podem se adaptar às mudanças no diâmetro das artérias.
- Microesferas de quitosana
As microesferas de quitosana são feitas de um polímero natural derivado da quitina, encontrado em crustáceos, como camarões e caranguejos.
Trata-se de um tipo biodegradável e frequentemente usado em embolizações para tratar hemorragias ou outras condições em que é necessário bloquear o fluxo sanguíneo.
- Microesferas de gelatina
As microesferas de gelatina são feitas de uma mistura de gelatina e solução salina.
Elas são altamente flexíveis e podem se moldar às paredes das artérias, bloqueando o fluxo sanguíneo para a área afetada.
- Microesferas de carbono
Esses tipos de microesferas são feitas de carvão ativado, material poroso capaz de absorver substâncias químicas e partículas.
São frequentemente usadas em embolizações para tratar tumores, pois podem fazer ligação com os agentes quimioterápicos e fornecê-los diretamente ao tumor enquanto bloqueiam o fluxo sanguíneo para outras partes do corpo.
- Microesferas de vidro
Feitas de pequenas esferas de vidro que variam em tamanho de alguns micrômetros a alguns milímetros.
São altamente duráveis e, assim como as de outros tipos, são usadas em embolizações ou outras condições em que é necessário bloquear o fluxo sanguíneo.
- Microesferas de resina acrílica:
Tratam-se partículas feitas de uma resina sintética, biocompatível e facilmente injetada na corrente sanguínea.
Além disso, são frequentemente utilizadas em embolização de malformações arteriovenosas.
Como é feita a escolha da microesfera para o procedimento de embolização?
Em síntese, a escolha da microesfera para o procedimento de embolização depende de vários fatores. Tais como:
- O tipo de doença ou condição que está sendo tratada;
- A localização da lesão;
- O tamanho e o número de vasos sanguíneos a serem obstruídos;
- O fluxo sanguíneo e a resposta do paciente ao tratamento.
Sendo assim, essa decisão é sempre tomada pelo médico responsável pelo procedimento, que avalia cuidadosamente todas as opções disponíveis para escolher a mais adequada para cada caso.
Para mais informações sobre o assunto, consulte os profissionais da CRIEP.