A inflamação no joelho é uma condição comum que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Seja pela osteoartrite ou outras doenças articulares, a busca por tratamentos para aliviar a inflamação e melhorar a mobilidade é constante.
Entre as opções disponíveis, a infiltração com ácido hialurônico e a embolização são abordagens minimamente invasivas que têm ganhado popularidade. Embora ambas as técnicas ofereçam benefícios, elas possuem diferentes mecanismos de ação, e, em alguns casos, podem até ser usadas de forma complementar.
Neste artigo, vamos mostrar as diferenças entre essas duas opções e como elas podem trabalhar juntas para proporcionar alívio duradouro para os pacientes com problemas no joelho.
Entendendo a infiltração com ácido hialurônico
A infiltração com ácido hialurônico é um tratamento utilizado para melhorar a lubrificação da articulação do joelho. O ácido hialurônico é uma substância naturalmente encontrada no líquido sinovial das articulações, responsável por proporcionar a viscosidade necessária para reduzir o atrito entre os ossos.
No entanto, em pessoas com osteoartrite ou outras condições articulares, a quantidade e a qualidade do ácido hialurônico podem ser reduzidas, o que leva a uma dor intensa e à perda de movimento.
Neste procedimento, o ácido hialurônico é injetado diretamente na articulação do joelho, com o objetivo de restaurar a viscosidade do líquido sinovial. A ação proporciona uma lubrificação melhorada, reduzindo a fricção entre os ossos e, assim, aliviando a dor e melhorando a mobilidade da articulação.
A infiltração com ácido hialurônico é recomendada para pacientes com osteoartrite leve a moderada e tem se mostrado uma alternativa valiosa para aqueles que não desejam ou não podem se submeter a cirurgias invasivas.
E como funciona a embolização de joelho?
A embolização é um procedimento minimamente invasivo que tem sido cada vez mais utilizado em casos de inflamação no joelho.
O procedimento envolve a utilização de técnicas de radiologia intervencionista para bloquear seletivamente vasos sanguíneos específicos, interrompendo o fornecimento de sangue a áreas que estão inflamadas.
Quando aplicada ao joelho, a embolização pode ser usada para tratar condições como a dor crônica associada a vasos sanguíneos dilatados ou hiperemia, que pode ocorrer em resposta a lesões ou inflamações.
Ao interromper o fornecimento sanguíneo para essas áreas, a embolização reduz a inflamação e alivia a dor, promovendo a recuperação da articulação. Este procedimento é realizado com o auxílio de imagens de alta precisão, como a angiografia, permitindo que o médico identifique e trate as áreas afetadas com precisão.
Diferenças e sinergias entre os tratamentos
A principal diferença entre a infiltração com ácido hialurônico e a embolização está no mecanismo de ação de cada procedimento. A infiltração com ácido hialurônico visa restaurar a função da articulação, melhorando a lubrificação e a mobilidade, enquanto a embolização atua diretamente sobre a inflamação e o fornecimento de sangue à área afetada, reduzindo a dor através da interrupção da circulação em áreas específicas.
Embora cada procedimento tenha suas indicações e benefícios específicos, em alguns casos, a combinação de infiltração com ácido hialurônico e embolização pode ser uma estratégia inteligente para tratar os sintomas da sinovite articular e/ou gonartrose com o objetivo de evitar a cirurgia mais invasiva (artroplastia total). Pacientes com osteoartrite avançada ou dor crônica podem se beneficiar de ambos os tratamentos, especialmente quando a inflamação e a deterioração da cartilagem estão associadas a problemas vasculares.
Por exemplo, um paciente com dor crônica no joelho devido à osteoartrite pode primeiro ser tratado com a infiltração de ácido hialurônico para melhorar a lubrificação e a função articular. Se, após esse tratamento, a dor persistir devido a uma inflamação residual ou a um problema relacionado aos vasos sanguíneos, a embolização pode ser considerada para interromper a circulação na área inflamada, proporcionando um alívio mais duradouro.
A combinação das duas técnicas traz uma solução mais completa, abordando as causas mecânicas e vasculares da dor no joelho, o que pode resultar em melhores resultados a longo prazo para os pacientes.
Se você sofre de dor no joelho e está em busca de alternativas menos invasivas para tratar, converse com nossos profissionais.