O câncer de fígado é uma das formas mais comuns da doença em todo o mundo. Trata-se de uma doença silenciosa, que pode se apresentar em diferentes tipos e agressividade.
Dessa forma, em qualquer estádio em que ela se encontre, é fundamental buscar o diagnóstico e o tratamento adequado para evitar consequências graves.
Neste artigo, discutiremos os tipos mais comuns de câncer de fígado e quais são os seus tratamentos. Acompanhe a leitura.
O que é o câncer de fígado?
Como dito, o câncer de fígado é um dos mais comuns no mundo. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que surgirão cerca de 10.7 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025 em todo o mundo.
Essa doença pode surgir de várias maneiras, mas a forma mais comum é através da transformação maligna das células do fígado.
Basicamente, o fígado é um órgão vital que executa funções importantes, como a produção de bile, o armazenamento de nutrientes e a eliminação de substâncias tóxicas. Quando as células sofrem uma mutação genética que as tornam anormais, elas podem crescer de forma descontrolada, formando, assim, os tumores.
Esses tumores, dividem-se em primário e secundário.
Os primários são massas que, até o momento em que foram identificados, atacaram apenas o órgão e não se espalharam para outras partes do corpo.
Já os tumores secundários são o resultado da metástase, ou seja, se espalhou para outros órgãos.
Tipos de câncer de fígado e seus tratamentos
Existem alguns tipos de câncer de fígado. Abaixo, descrevemos os mais comuns e seus tratamentos:
- Carcinoma hepatocelular (CHC):
Tipo mais comum de câncer de fígado, representa cerca de 75% dos casos. Se origina nas células do fígado, conhecidas como hepatócitos e geralmente se desenvolve em pessoas com cirrose hepática e está associado ao vírus da hepatite B ou C.
O tratamento do CHC depende do estágio do câncer e da saúde geral do paciente, podendo incluir:
- Cirurgia de remoção do tumor do fígado;
- Transplante de fígado para pacientes em estágio avançado, mas com boa saúde geral;
- Ablação por radiofrequência, um tratamento minimamente invasivo que utiliza ondas de calor para destruir o tecido tumoral;
- Quimioembolização, técnica que combina a injeção de quimioterapia diretamente no tumor e o bloqueio dos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.
- Colangiocarcinoma:
Este câncer se origina nos ductos biliares responsáveis por transportar a bile do fígado para o intestino. Ele pode ser classificado como intra-hepático (quando ocorre dentro do fígado) ou extra-hepático (quando ocorre fora do fígado).
Para este tipo, os tratamentos mais indicados são:
- Cirurgia para remoção do tumor ou do tecido circundante do fígado;
- Quimioterapia utilizada em conjunto com cirurgia para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou, ainda, para destruir as células cancerosas restantes após a cirurgia;
- Radioterapia com raios-x de alta energia para destruir as células cancerosas.
- Angiossarcoma hepático:
Tipo raro de câncer de fígado, se origina nos vasos sanguíneos do fígado. Seus possíveis tratamentos são:
- Cirurgia para remoção do tumor e, em alguns casos, do tecido ao redor do fígado;
- Quimioterapia para reduzir o tamanho do tumor;
- Radioterapia em conjunto com a quimioterapia para destruir as células cancerosas.
- Hepatoblastoma:
Tipo raro de câncer de fígado que costuma afetar crianças com menos de 4 anos de idade. Ele se origina nas células do fígado imaturas (células hepáticas embrionárias) e pode se espalhar rapidamente para outras partes do corpo.
Os tratamentos para hepatoblastoma podem incluir:
- Cirurgia para remover o tumor e o tecido circundante do fígado. Em alguns casos, pode ser necessário também remover uma parte do fígado;
- Medicamentos quimioterápicos para destruir as células cancerosas e reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou para células cancerosas restantes após o procedimento;
- Transplante de fígado para remover todo o fígado e substituí-lo por um outro saudável.
Vale ressaltarque o tratamento escolhido para cada paciente depende do tipo e estágio do câncer, além da saúde geral do paciente. Por isso, o acompanhamento médico é essencial para monitorar a evolução da doença e adaptar o tratamento, se necessário.
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